Com 401 votos a favor, Ursula von der Leyen foi reeleita presidente da Comissão Europeia para o seu segundo mandato. Antes da votação, von der Leyen apresentou as suas prioridades políticas
para os próximos cinco anos:
A defesa da UE será uma das grandes prioridades, estabelecendo-se um Pilar Europeu da Defesa, dentro do quadro global da NATO, onde estamos inseridos. Será também criado um mercado único para equipamentos de defesa, o desenvolvimento de novas capacidades militares intramuros da UE, bem como a criação de um “escudo” aéreo europeu, para proteção das diferentes ameaças externas; foi igulamente frisada a necessidade crucial de criação de novas capacidades em cyberdefesa. Ainda no âmbito da segurança interna, destacou o controlo de fronteiras, propondo, no imediato, triplicar o número de guardas costeiros e de fronteira.
No plano económico, a presidente da Comissão destacou a necessidade de assegurar a prosperidade e competitividade económicas , reafirmando a necessidade da UE recuperar da sua perda de competitividade face aos dois grandes blocos económicos (EUA e China), nos próximos cinco anos.
Para isso, foi assumido que deverá ser reduzida a burocracia e aumentado o apoio para as Pequenas e Médias Empresas (PME), pelo que esta missãofoi entregue, em exclusivo, a um vice-presidente.
Será, igualmente criado um Fundo Europeu para a Competitividade, para investir e apoiar tecnologias consideradas estratégicas, bem como apoiar projetos de interesse comum.
Ficou também assente que a UE deve rever as suas diretivas de contratação pública e de mercados abertos, em face da concorrência “desleal” que muitas vezes sofre em relação aos restantes mercados mundiais, de forma a proteger as empresas e os consumidores europeus.
Apesar da Agenda Climática passar para segundo plano, o Pacto Ecológico Europeu mantém-se como prioridade: o objetivo é o de “redução de 90% das emissões até 2040” e haverá planos para preparar a União Europeia (UE) para o impacto das alterações climáticas e para impulsionar a produção de tecnologias limpas.
A nível ambiental, foi também prometida uma nova “Lei da Economia Circular” para ajudar a “criar uma procura no mercado por materiais secundários e um mercado único para os resíduos, nomeadamente em relação a matérias-primas críticas”.
Saiba mais sobre as prioridades políticas da UE para o período 2024-2029 aqui.