Acordo tarifas e comércio UE-EUA: gerir custos com "estabilidade"

A Comissão Europeia anunciou, a 27 de julho de 2025, um entendimento sobre os princípios fundamentais relativos à relação comercial (tarifas e comércio) entrea UE e os EUA e, posteriormente, 

Bandeiras UE EUA nwl

uma nova Ordem Executiva sobre as Tarifas Recíprocas, que entrará em vigor a 7 de agosto: Further Modifying the Reciprocal Tariff Rates – The White House.

O ponto de situação atual é o seguinte:  

 

Naturalmente, a reação das empresas fez-se sentir, a nível nacional e europeu e convergiu no sentimento de que o acordo traz clareza e estabilidade à relação comercial transatlântica, mas também de que a tarifa de 15%, apesar de melhor que a de 30%, representa um aumento acentuado aos custos de exportação de bens industriais europeus para os EUA, num momento economicamente difícil.

A Orgalim, representante europeia da indústria tecnológica e industrial europeia, sublinha mais uma vez a necessidade de uma política comercial ambiciosa da UE. “A UE deve tentar negociar, assinar e ratificar novos acordos comerciais com parceiros com ideias semelhantes na Ásia e nas Américas como questão prioritária, começando pela conclusão bem-sucedida do acordo do Mercosul”, opinião também já expressa pelo Diretor Geral da ANIMEE.

Relativamente aos impactos destas medidas, estes tenderão a ser maiores nos setores com maior grau de exposição aos EUA, que não será o caso do Setor Elétrico e Eletrónico. No entanto, os impactos indiretos poderão ser elevados, “uma vez que esta tarifa se aplica aos restantes 26 países da União Europeia para onde Portugal exporta muitas vezes produtos de incorporação no produto final, pelo que caso as exportações desses países para os EUA se deteriorem, deverão importar menos bens de Portugal."