Após a aceleração do crescimento registada no final de 2023, a evolução positiva em diversos indicadores no primeiro mês do ano (Barómetro ISEG/CIP) criou expectativas de um impulso ascendente
que poderia estender-se ao primeiro trimestre do ano. No entanto, o Forum para a Competitividade estima que, no 1º trimestre de 2024, o PIB tenha desacelerado de 0,8% para entre 0,3% e 0,6% em cadeia.
Em Portugal, em Março, a inflação subiu, de 2,1% para 2,3% e a inflação subjacente interrompeu a trajetória descendente dos últimos 12 meses. Em Janeiro, as exportações de bens voltaram a crescer, mas timidamente e apesar da recuperação do clima económico em Março, a confiança na indústria caiu, o que não é favorável à esperada recuperação das exportações.
Nos últimos três meses, não houve qualquer melhoria dos Marcos e Metas do PRR cumpridos. Para o próximo pedido de pagamento, há alguns atrasos significativos, esperando-se que haja cooperação entre os principais partidos para cumprir os compromissos necessários para receber os fundos europeus.
Note-se também que dos 1,2% do PIB de excedente de 2023, 1,0% corresponde a investimento público orçamentado que não foi executado, o que não é bom, quer pela ausência de execução, quer pelo excedente que de outro modo seria praticamente inexistente.
Espera-se que a maior estabilidade pós-eleitoral não traga mais adiamento de projetos de investimento e que outras boas notícias no 2º semestre, como a muita esperada descida de taxas do BCE, tragam estímulo às economias europeias e alívio às famílias e empresas portuguesas.
Newsletter meados de abril de 2024