Segundo o Banco de Portugal, o crescimento da economia portuguesa deverá situar-se em 1,7% em 2024, aumentar para 2,2% em 2025 e 2026, e reduzir-se para 1,7% em 2027.

O maior dinamismo da atividade nos próximos dois anos reflete um enquadramento mais favorável, com a melhoria das condições financeiras, a aceleração esperada da procura externa e a maior entrada de fundos da União Europeia. Em 2027, a desaceleração do PIB decorre, em larga medida, do impacto do fim da execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
As taxas de juro mais baixas, a melhoria do comércio global e a entrada de fundos europeus impulsionarão a economia nos próximos dois anos; contudo, há que contornar internamente as dificuldades na execução dos fundos europeus, que poderão implicar um menor dinamismo do investimento.
As tensões geopolíticas continuam a ser um risco adverso significativo, em especial se perturbarem os mercados globais de matérias-primas. A incerteza política na Europa pode agravar o cenário de fraco crescimento. Um maior protecionismo envolvendo as maiores economias mundiais poderá reduzir o comércio internacional.
A inflação deverá reduzir-se de 5,3% em 2023 para 2,6% em 2024 e 2,1% em 2025, estabilizando em 2% em 2026–27. Esta evolução reflete a moderação gradual dos custos salariais e a manutenção de pressões inflacionistas externas contidas. O mercado de trabalho continua sólido, no nível de emprego e dos salários reais, a par da manutenção de um desemprego historicamente baixo.
As projeções orçamentais apontam para o retorno a uma situação deficitária, embora o rácio da dívida pública mantenha uma trajetória descendente.
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