Em finais de Junho, a OCDE publicou o inquérito “Economic Surveys of Portugal", de cujos resultados se destacam as principais conclusões daquela entidade sobre a situação económica em Portugal
• A forte recuperação económica desacelerou: A inflação elevada e as fracas condições económicas mundiais abrandaram o crescimento. Apesar de um novo apoio orçamental para amortecer o impacto, o rendimento disponível das famílias e as margens de lucro das empresas ainda não recuperaram totalmente.
• A inflação atingiu máximos históricos em 2022, à custa do aumento das pressões sobre a oferta. Os grandes aumentos dos preços da energia e dos produtos alimentares conduziram a inflação para o nível mais elevado em mais de um quarto de século.
• O crescimento dos salários acelerou na sequência do aumento da inflação. Os trabalhadores cujas competências são muito procuradas, como nos sectores das TIC e da construção, estão a registar um crescimento salarial mais significativo. O salário mínimo aumentou 7,8% em 2023 e deverá aumentar 6,6% em 2024.
• O potencial de crescimento e os ganhos de produtividade diminuíram. Registou-se uma escassez de competências e a população em idade ativa deverá diminuir. O baixo nível de investimento enfraquece a produtividade e a capacidade das empresas para aproveitarem as novas oportunidades decorrentes das transições digital e ecológica.
Newsletter de 19/07/2023