Estudo da BusinessEurope sobre preços de energia

O estudo publicado pela BusinessEurope mostra que a disparidade dos preços da energia entre a Europa e outras economias concorrentes irá agravar-se se não forem implementadas medidas urgentes.

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O estudo mostra que uma transição energética da qual resulte uma economia europeia competitiva ainda é possível, mas apenas se os decisores políticos da EU tomarem decisões rápidas durante o atual ciclo.

 

O estudo mostra que os custos energéticos na Europa serão pelo menos 50% mais elevados do que nos EUA, China e Índia até 2050, o que coloca as empresas europeias numa grave desvantagem competitiva, urgindo medidas da UE para que a Europa possa alcançar a neutralidade climática até 2050 sem colocar em causa a sua indústria.

Com base nas conclusões do estudo, a BusinessEurope desenvolveu propostas concretas nas seguintes áreas:

  • Aumentar de forma expressiva a implantação e integração de todas as fontes de energia renováveis e de baixo carbono, bem como das infra-estruturas necessárias;
  • Assegurar o investimento necessário;
  • Assegurar a existência de uma cadeia de valor para o hidrogénio;
  • Continuar a acelerar e a dinamizar os procedimentos de licenciamento;
  • Combater o diferencial de custos do carbono e garantir a implementação eficaz do CBAM;
  • Introduzir medidas para colmatar a lacuna da competitividade energética da Europa; e,
  • Promover a descarbonização industrial através de medidas eficazes do lado da procura.

Estas recomendações pressupõem algumas preocupações para Portugal, nomeadamente níveis de investimento e escala de consumo significativos que podem não ocorrer em Portugal dada a dimensão da sua economia e a não existência de interligações capazes de permitir maiores escalas de negócio.

Medidas para colmatar a lacuna de competitividade energética na Europa, isto é, promover uma Europa integrada sob o ponto de vista da energia, obrigarão previamente à integração plena da Península Ibérica nos mercados europeus da energia, deixando esta parte da Europa de constituir uma “ilha energética”.

Dinamizar os procedimentos de licenciamento tem sido uma das frentes de batalha da CIP e continuará a ser.

Quanto ao Mecanismo de Ajuste Fronteiriço de Carbono, CBAM, a CIP tem-se empenhado igualmente no acompanhamento da sua implementação, tendo criado para o efeito uma Task Force com a participação de empresas e autoridades, APA IP, DGAE e AT, e desenvolvimento de ações de sensibilização junto das entidades intermediárias como os Despachantes Oficiais.

A descarbonização industrial assentará sobretudo na prioridade dada aos múltiplos roteiros sectoriais.

O estudo completo e as recomendações políticas da BusinessEurope podem ser lidas aqui.

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