A OIT-Lisboa publicou em língua portuguesa o guia “Gestão dos riscos psicossociais relacionados com o trabalho durante a pandemia da COVID-19” e o relatório “As desigualdades e o mundo do trabalho”.

O guia pretende dotar os empregadores de elementos essenciais a ter em conta na avaliação dos riscos psicossociais e na implementação de medidas preventivas para proteger a saúde e bem-estar dos/as trabalhadores/as no contexto da pandemia da COVID-19. Considera dez áreas de intervenção ao nível dos locais de trabalho, aplicáveis à prevenção do stress laboral e à promoção da saúde e do bem-estar, tanto durante o confinamento como nas fases seguintes do regresso ao trabalho.
Para cada uma destas áreas, o guia propõe um número de medidas para ajudar a encontrar soluções para os riscos e desafios, incluindo os relacionados com o trabalho a partir de casa. Estas ações devem ser adaptadas às especificidades do local de trabalho, tendo em conta os diferentes setores e contextos nacionais. Para assegurar uma gestão eficaz dos riscos psicossociais, os/as trabalhadores/as e os seus representantes devem participar em todo o processo: devem participar ativamente na identificação dos perigos e colaborar no desenvolvimento e implementação de medidas preventivas e de controlo. Aceda ao Guia aqui.
O relatório fornece uma análise global de dados e investigação sobre as desigualdades e o mundo do trabalho, com especial destaque para as consequências adversas da COVID-19. O objetivo é salientar a centralidade do trabalho – refletindo a constelação das condições do mercado de trabalho, direitos dos trabalhadores, instituições de trabalho e desempenho económico e empresarial – para se compreender a desigualdade.
A desigualdade de rendimentos é realçada na narrativa, porque é a chave para se compreender como as pessoas e as suas famílias obtêm os seus meios de subsistência, visto que a grande maioria dos rendimentos dos agregados familiares no mundo derivam, de uma forma ou de outra, do trabalho remunerado.
Através do prisma da desigualdade de rendimentos, a análise considera os vários motores do mercado de trabalho que definem níveis relativos de rendimentos e a qualidade das oportunidades de emprego, dando a devida atenção às divisões persistentes e intersetoriais entre os grupos da população ativa, especialmente as baseadas no sexo, idade, educação, estatuto de migrante, raça e etnia, deficiência e grupo tribal e indígena, bem como entre os trabalhadores da economia formal e informal. Aceda ao Relatório aqui.

