A Comissão Europeia (CE) está a traçar o caminho para o objetivo de tornar a União Europeia neutra em termos climáticos até 2050. Apresentou uma recomendação de uma redução líquida de 90%

das emissões líquidas de gases com efeito de estufa até 2040, em comparação com os níveis de 1990, o que corresponde às recomendações do Conselho Científico Europeu, Conselho sobre as Alterações Climáticas (ESABCC) e aos compromissos da UE no âmbito do Acordo de Paris.
Esta recomendação inicia o processo de preparação da meta para 2040 e lança um amplo debate político e um diálogo com as partes interessadas e os cidadãos.
A CE adotou, ainda, uma comunicação sobre a gestão industrial do carbono, que apresenta pormenores sobre a forma como estas tecnologias poderão contribuir para reduzir as emissões em 90 % até 2040 e alcançar a neutralidade climática até 2050.
Salienta-se a importância do setor elétrico e eletrónico neste objetivo passando pela produção de energias renováveis, pela sua transmissão e transporte e ainda pelos equipamentos elétricos e eletrónicos que viabilizam a produção e e utilização de energias renováveis.
A comunicação foi publicada num contexto difícil, uma vez que a implementação do Pacto Ecológico Europeu desencadeou recentemente reações adversas. A chamada “fadiga do Acordo Verde” tornou-se visível em Bruxelas com os protestos dos agricultores.
Recorde-se também que o IDE (investimento direto estrangeiro) caiu 66% na UE em 2021, em comparação com 2019. No mesmo período, nos EUA esse investimento aumentou 63%.
A próxima Comissão, que tomará lugar após as eleições de junho, apresentará propostas legislativas que terão de tomar em conta esta conjuntura.
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