No âmbito do projeto “OceanTrans – O Potencial Transformador das Energias Renováveis Oceânicas, coordenado pelo LNEG, a ANIMEE participou num - formato “focus-group” e digital dia 21 de Abril de 2022.

Tendo como objetivo
“… debater com atores da indústria os desafios e oportunidades que estão a ser criados pela aceleração do processo de comercialização das energias marinhas e compreender como a indústria nacional se está a preparar para lhes responder e quais os principais obstáculos que prevê enfrentar. “
Sendo que,
“Esta é uma questão fundamental, dado que a capacidade de resposta da indústria será determinante para garantir que o país aproveita esta oportunidade para criar de uma fileira industrial competitiva a nível internacional. “
- Junta-se o Programa e Lista de Participantes (Anexo1).
- Para melhor enquadrar esta temática - decorrente da “POLÍTICA MARÍTIMA INTEGRADA DA UE (PMI)” e preconizadas medidas em PORTUGAL, a ANIMEE junta uma síntese sobre a sua evolução até à presente data (Anexo 2).
Permite-se recordar que,
- Atualmente, a energia eólica é a forma mais avançada de produção enquanto a produzida a partir das ondas está numa fase ainda muito embrionária;
- O projeto de Viana do Castelo tem uma capacidade de 25 MW e espera-se que Portugal atinja uma produção de energia eólica offshore de 425 MW em 2030;
- Em termos mundiais e incluindo os parques eólicos marítimos com suporte fixo e flutuantes os planos apontam para 28 GW atualmente; 60 GW em 2030 e 300 GW em 2050;
- Portanto, esta é uma área que se prevê venha a ter uma forte evolução.
- Da referida Reunião, sintetizam-se as seguintes Observações:
- Falta de fornecedores em Portugal para projetos deste género;
- Enorme potencial de emprego:
Só no setor da energia eólica marítima, o número de postos de trabalho poderá triplicar até 2030;
É fundamental que as empresas que operam na vanguarda da tecnologia possam ter acesso a uma mão de obra qualificada;
Indisponibilidade das competências de que precisam ou de falhas nas existentes (por exemplo, técnicos);
- É sempre necessário recorrer a 60 ou 70% de fornecedores estrangeiros para projetos deste tipo;
Uma das explicações é o facto de que conceber e fornecer peças para poucos/pequenos projetos é demasiado caro;
- O financiamento em Portugal é difícil
a dimensão dos investimentos e viabilidade financeira e técnica, parece apontar para a colaboração entre empresas, não exclusivamente nacionais;
- Licenciamento deve ser agilizado;
- Já existem portos portugueses preparados para receber empresas nesta área, enquanto com apoio do PRR outros poderão reunir as condições necessárias para fixar as empresas;
- As estatísticas – já que servem de base ao investimento e à regulamentação, devem ser melhoradas;
- Sendo o mercado global, as empresas vocacionadas para trabalhar nesta área, terão que o fazer em projetos dentro e fora de Portugal;
- Existência de empresas portuguesas, incluindo as representadas pela ANIMEE, interessadas neste mercado, nomeadamente para as seguintes áreas: plataformas de betão flutuantes; equipas de manutenção preparadas para operações online e offshore; cabos elétricos, contadores, baterias, etc;
- Informação: No início do mês de Abril , evento em Bilbao e online - Wind Energy International Matchmaking at WindEurope Bilbao 2022 – com o principal objetivo de providenciar o encontro entre fornecedores e parcerias neste domínio.
Pela importância económica das ENERGIAS RENOVÁVEIS, incluindo as OCEÂNICAS, a ANIMEE, com a colaboração empresas suas associadas e desejável participação de entidades públicas com responsabilidades neste domínio, desenvolverá iniciativas que melhor permitam o seu harmonioso desenvolvimento, nomeadamente num momento em que toda a Política Energética é reavaliada na Europa Ocidental.
Lisboa, 29 de Abril de 2022

