Estudo sobre vulnerabilidades da UE no acesso às MPs críticas

Está disponível um estudo relativo às necessidades e vulnerabilidades da UE no acesso às matérias-primas críticas (MPC), publicado pela Comissão da Indústria, da Investigação e da Energia do Parlamento Europeu (ITRE).

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 Este estudo tem cinco conclusões:

  1. A política comercial oferece um âmbito limitado para aumentar a diversidade de fornecedores de MPC;
  2. O âmbito para monitorizar a criticidade dos produtos necessários para a transição verde e digital pode ser estendido;
  3. O armazenamento de grupos de produtos estratégicos e as MPC incorporadas podem ser impulsionados por incentivos políticos para o setor privado;
  4. Profissionais do setor privado são os mais bem colocados para executar operações de armazenamento, apoiados por incentivos financeiros de políticas públicas;
  5. As políticas de armazenamento devem estar ligadas a medidas estratégicas que reforcem a resiliência da capacidade industrial da EU.

Realça-se ainda que o estudo indica que a UE depende de componentes-chave para a maioria das tecnologias digitais e de energia verde, mais do que de matérias-primas propriamente ditas, o que a ANIMEE e os seus associados já sabem. E conclui ainda que a metodologia de MPC pode beneficiar de uma extensão de âmbito, incluindo uma avaliação de grupos e setores de produtos.

A ANIMEE é também desta opinião e identifica desde já que é necessária a extensão do âmbito de forma a incluir alumínio, cobre, níquel e manganésio de alta pureza. Acredita ainda que deverá ser criada uma nova categoria dentro da lista, que agregará as matérias-primas críticas mais relevantes para a chamada dupla transição verde e digital. Aqui sugerimos a inclusão de boratos, cobalto, germânio, lítio, LREE e silício (metal). A ANIMEE considera ainda importante introduzir um ranking na lista final de MPC.

Por último, mas não menos importante, salienta-se que o estudo não incorpora outras medidas necessárias para tornar a UE mais resiliente. São medidas de economia circular, que incluem:

  • Maximizar eficiência na fabricação
  • Simbioses industriais
  • Design mais duradouro
  • Reparação, manutenção, atualização
  • Utilização partilhada
  • Compra de desempenho
  • Reutilização
  • Restauro e atualização
  • Remanufatura
  • Reciclagem

Propomos a consulta da página dedicada ao Projeto eMaPriCe – Estudo de matérias-Primas Críticas e Estratégicas e Economia Circular em Portugal, realizado pelo LNEG e pela APA com financiamento do Fundo Ambiental e no qual a ANIMEE participou como um dos stakeholders.

Newsletter de dezembro de 2022

 

 

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